Alfredo da Mota Menezes

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China, porto no Pacífico e MT 12493j

Produtos do agro poderiam sair pelo Pacífico e atingir mercados mundiais com menor custo e distância b5z67

A China está construindo um megaporto no Pacífico no Peru. Alternativa de exportar e importar pelo Pacífico com praticamente toda a América do Sul. Antes, mostra a história, a China tinha a chamada Rota da Seda. Agora tenta pelo mundo afora criar uma nova ligação mundial com o programa One belt, on road.

Os EUA, que sempre ditaram normas nesta região, se mostram preocupados. Mas agora, diferente de outros tempos, o jogo é pelo comércio e nada ideológico. Se fosse no momento da Guerra Fria iriam logo criar um clima contra tal programa dos chineses. Agora não podem fazer nada por aí. Ou compete ou serão engolidos pelos chineses na América do Sul.

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Isso poderia ser uma coisa muito boa para Mato Grosso. Produtos do agro poderiam sair pelo Pacífico e atingir mercados mundiais com menor custo e distância. Mas os fatos mostram que talvez o estado não tenha tantos benefícios com esse porto.

É que as estradas dos Andes, para chegar à costa do Pacífico, não estão apetrechadas para grandes comboios de carretas como as que trafegam em nossas rodovias.

Participei de três estradeiros por aquelas estradas: um no governo Dante, outro no do Blairo e um terceiro no de Pedro Taques. Todos esses tinham, entre outros motivos, a intenção de analisar essa alternativa de se exportar pelo Pacífico.

A aceitação mais em conta foi que seria praticamente impossível fazer isso com as estradas que se tem em países dos Andes. Tem lugar com comunidade indígena à beira das estradas em que as pessoas eiam por ela com grande tranquilidade.

As estradas não são duplicadas e se tem ainda a altitude que essas carretas teriam que subir para depois descer rumo ao Pacífico. Em síntese: a dedução mais aceita foi que, como estava a situação, era difícil MT explorar essa alternativa.

Além disso, tem um trecho sem asfalto dentro da Bolívia entre San Matias e Concepcion. Trecho que o governo boliviano deveria asfaltar, não o Brasil.

Veja o caso do Mato Grosso do Sul: já está ligado aos Andes por asfalto, mas é complicada a exportação do estado em carretas por ali.

Para MT o uso desse porto no Pacífico seria mais para exportar bens de uma agroindústria que apenas engatinha no estado.

O ideal para uso desse porto no Peru, que os chineses estão construindo, seria uma ferrovia. Aí sim a produção do agro do estado teria condições de chegar àquele porto de forma competitiva e sem problemas de uma rodovia pelos Andes. Sem essa ferrovia fica difícil.

Mas será que os chineses não sabem disso? Não iriam investir uma montanha de dinheiro para criar um porto sem uma análise mais cuidadosa sobre comércio com a América do Sul. Se sabem, não teriam uma carta na manga para o futuro?

Se o sonho permite: será que os chineses pretendem mais à frente investir numa ferrovia na América do Sul? Amarrariam todo o comércio da região com eles. Seria parte do One belt, one road?

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Alfredo da Mota Menezes , e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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