"Dark Money": operação caça responsáveis por desvio de R$ 23 milhões em prefeitura 3w2k4q
O município de Maracaju, a 157 quilômetros de Campo Grande, é palco de operação da Polícia Civil que cumpre 33 mandados de prisão e busca e apreensão contra servidores públicos do alto escalão, suspeitos de envolvimento em esquema criminoso contra a prefeitura. Empresários também são alvos da ação, batizada de “Dark Money”. O Dracco (Departamento […] h5k2x
O município de Maracaju, a 157 quilômetros de Campo Grande, é palco de operação da Polícia Civil que cumpre 33 mandados de prisão e busca e apreensão contra servidores públicos do alto escalão, suspeitos de envolvimento em esquema criminoso contra a prefeitura. Empresários também são alvos da ação, batizada de “Dark Money”.
O Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), a cargo da ação, divulgou que o desvio sob apuração é de cerca de R$ 23 milhões. Os atos de corrupção ocorreram, segundo informado, nos anos de 2019 e 2020, de acordo com os levantamentos, desenvolvidos com a participação do LAB-LAD (Laboratório de Lavagem de Dinheiro).

Como era o esquema 51d2y
A investigação constatou que foi criada uma conta bancária de fachada, não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município. Nessa conta, foram feitos mais de 150 rees de verbas públicas em menos de um ano.
Os desvios de dinheiro público, conforme o Dracco, eram feitos a partir de simulação de negócios jurídicos, envolvendo os integrantes do alto escalão da prefeitura. Um volume de 600 lâminas de cheque foi emitido a empresas, sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos, conforme descrito.
Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação oficial com a prefeitura, mas recebiam valores sem ter participado de licitação, feito algum contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas, operações legais que devem ser observadas pelos entes públicos.
A “Dark Money” foi autorizada pela Justiça de Maracaju, a partir do parecer favorável do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ao pedido da Polícia Civil para adoção de medidas cautelares, com mandados de prisão temporária contra servidores públicos e particulares, busca e apreensão em empresas, além do bloqueio de bens.
Além do Dracco, unidades da Polícia Civil de Paraíso das Águas, Naviraí, Nova Andradina, Nova Alvorada, Corumbá, Ponta Porã, Nova Alvorada do Sul, Itaporã, Rio Brilhante, Mundo Novo e Maracaju participam da operação.
Em Campo Grande, equipes do GOI (Grupo de Operações e Investigações) da 1ª, 2ª e 3ª delegacias estão atuando nas buscas. Também dão apoio à ofensiva policial a Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos, a Defurv (Delegacia Especializada de Repressão ao Furto e Roubo de Veículos), O DIP (Departamento de Inteligência da Polícia Civil).
Há, ainda, uma equipe de Umuarama (PR) trabalhando no caso, já que foi constatado que um dos alvos fugiu para o Paraná e foi preso em um hotel.
O nome 1r5o6g
A expressão “Dark Money” que batiza a operação é uma alusão à natureza do dinheiro, fruto da corrupção sistêmica que atinge setores públicos e perpetrada por seus gestores. Em tradução literal do inglês, significa “dinheiro escuro”.
